sábado, 7 de dezembro de 2019

Administrando a diversidade da força de trabalho

Um dos desafios mais importantes e abrangentes enfrentados pelas organizações
hoje em dia é a adaptação às diferenças entre as pessoas. O tempo utilizado para descrever
esse desafio é diversidade da força de trabalho. Enquanto a globalização enfoca as
diferenças entre pessoas de diferentes países, a diversidade da força de trabalho enfoca as
diferenças entre as pessoas em um determinado país.
A diversidade da força de trabalho significa que as organizações estão se
tornando mais heterogênicas em termos de raça, etnia e sexo de seus participantes. Mas o
termo também se aplica a qualquer pessoa que fuja da norma convencional. Além dos
grupos mais óbvios - mulheres, negros, latinos, asiáticos - , também se incluem na
diversidade os deficientes físicos, os representantes da terceira idade e os homossexuais.
Essa situação é comum praticamente em todo o mundo, especialmente no Canadá, na
Austrália, na Africa do Sul e no Japão, além dos países europeus e dos Estados Unidos. Os
executivos no Canadá e na Austrália, por exemplo, têm sido obrigados a se adaptar aos
grandes fluxos de trabalhadores asiáticos. A “nova" Africa do Sul está se caracterizando
pelo número cada vez maior de negros em posições-chave, técnica e administrativamente.
 As mulheres, tradicionalmente relegadas a trabalhos temporários mal-remunerados no
Japão, agora estão galgando posições de chefia. Os acordos com os sindicatos dentro da
criação da União Europeia, que abriu as fronteiras em grande parte da Europa Ocidental,
aumentaram a diversidade de mão-de-obra nas empresas que operam em países como
Alemanha, Portugal, Itália e França.
Costumávamos adotar a abordagem da fusão quanto às diferenças nas organizações,
assumindo que as pessoas que eram diferentes automaticamente gostariam de ser
assimiladas com rapidez. Hoje em dia, contudo, reconhecemos que os trabalhadores não
deixam de lado seus valores culturais e suas preferências de estilo de vida quando chegam
no emprego. 0 desafio para as organizações, portanto, é conseguir acomodar os diferentes
grupos de pessoas, atendendo a seus diferentes estilos de vida, necessidades familiares e
jeitos de trabalhar. A premissa da fusão está sendo substituída por uma abordagem que
reconheça e valorize tais diferenças.
Não é verdade que as organizações sempre abrigaram membros de diferentes
grupos? Sim, é verdade, mas eles representavam apenas uma porcentagem muito pequena e
chegavam a ser totalmente ignorados pelas grandes organizações. Além do mais, sempre se
acreditou que essas minorias procurariam assimilar-se. Por exemplo, a maioria da mão-de-
obra norte-americana antes de 1980 era formada por homens brancos, que trabalhavam em
período integral para sustentar uma mulher que não trabalhava e filhos em idade escolar.
Agora, esse perfil é minoria! Atualmente, 46% da força de trabalho empregada nos Estados
Unidos é de mulheres. As minorias e os imigrantes respondem por 23%. Como um
exemplo, a Hewlett-Packard tem em
mulheres.Uma unidade da Digital Equipment Corporation, em Boston, fornece uma
previsão parcial do futuro. Entre os 350 funcionários da fábrica, existem homens e
mulheres provenientes de 44 países, que falam 19 idiomas diferentes. Quando uma
mensagem precisa ser publicada para esse pessoal, ela precisa ser feita nas seguintes
versões: inglês, chinês, francês, espanhol, português, vietnamita e dialeto haitiano.
seus quadros 19% de minorias e 40% de
A diversidade da força de trabalho traz implicações importantes para as práticas
administrativas. Os executivos precisam modificar sua filosofia de tratar todo o mundo do
mesmo modo, reconhecendo as diferenças e respondendo a elas de maneira que assegure a
retenção de funcionários e maior produtividade, sem que se cometa qualquer discriminação.
Essa mudança inclui, por exemplo, a oferta de treinamento diferenciado e a revisão de
programas de benefícios para torná-los mais "amigáveis às famílias". A diversidade.
quando bem administrada, pode aumentar a criatividade e a inovação dentro das
organizações, bem como melhorar as decisões tomadas, por trazer novas perspectivas em
relação aos problemas. Quando não è administrada adequadamente, há aumento potencial
da rotatividade, maior dificuldade de comunicação e mais conflitos interpessoais.

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